terça-feira, 10 de novembro de 2009

PRÂNA E EVOLUÇÃO



A matéria nervosa é que faculta ao homem a sua condição tanto de sentir o prazer como a dor, gozar ou sofrer; no entanto se tal matéria fosse composta unicamente de Prâna físico, ela seria insensível ao homem, assim como no mineral.

Os seres e as coisas que já possuem sensibilidade extramaterial, a saber, o vegetal, o animal ou o homem, também possuem o Prâna astral ou substância astralina, que é o fundamento vivo da emoção, do desejo e do sentimento, mesmo sob manifestações primárias ou muito rudimentares.




A matéria nervosa é fruto da combinação harmoniosa do Prâna astral com o Prâna físico que, ao darem vida à célula nervosa, lhe concedem também a sensibilidade própria das emoções e dos sentimentos humanos do Plano Astral.


No entanto, quando o homem pensa, pratica uma ação mais íntima do que “sentir” ou “emociona-se”, pois ele o faz através das células nervosas do cérebro que, além de estarem associadas ao Prâna astral da emoção, acham-se também impregnados do Prâna mental ou sopro vital sustentador do mundo do pensamento.


Durante seu “descenso” através dos planos vibratórios cada vez mais densos do mundo interno, o Espírito vai incorporando o Prâna de cada plano em que se manifesta, até poder atuar através do corpo físico.


Na contextura do mineral predomina o Prâna físico, e a vida nele não vai além de um adormecimento profundo, cuja atividade só é perceptível pelo desgaste; nos vegetais, principalmente nos de forte odorância e nos carnívoros (insetívoros), o Prâna astral se equilibra com o Prâna físico, razão porque eles reagem pela irritabilidade através das nervuras, ou espécie de sistema nervoso rudimentar.

Nos animais, a maior proporção prânica astralina já lhes faculta uma consciência astral instintiva, tão desenvolvida ou avançada conforme seja a espécie, dando-lhes, por vezes, uma capacidade de sentir quase humana, principalmente entre os mamíferos superiores como o cão, o cavalo, o elefante, o gato, o carneiro, o macaco e o boi.

Finalmente, o homem, que além do “sentimento” também é “pensamento”, abrange, numa associação ou síntese trifásica, o Prâna físico, o astral e o mental, razão porque ele possui as faculdades de pensar, de sentir e de agir simultaneamente em três planos diferentes: o físico, o astral e o mental:


REINO DA NATUREZA

PRÂNA ABSORVIDO

CARACTERÍSTICA

MINERAL

Prâna Físico

Adormecimento profundo

VEGETAL

Prâna Físico

Prâna Astral (-)

Irritabilidade

ANIMAL

Prâna Físico

Prâna Astral (+)

Consciência Instintiva

HOMINAL

Prâna Físico

Prâna Astral

Prâna Mental

Ação

Sentimento

Pensamento


Os elementos inorgânicos, como a pedra no reino mineral, e também os orgânicos nos vegetais, nos animais e no homem, já manifestam vida; todos nascem, crescem, desgastam-se e morrem, graças ao Prâna que está presente em todas as metamorfoses da Vida.

O Prâna atua substituindo as formas estáticas ou cansadas, vivificando o mecanismo da procriação, selecionando as espécies mais puras das inferiores, concretizando assim o programa do Pensamento Ingerado e Incriado de Deus.


Graças ao Prâna, segundo a tradição oriental, “o Verbo se fez homem”, porque a Vitalidade do Universo e dos seres, é, enfim, o próprio Prâna! Ante a manifestação incondicional e ilimitada do Prâna, os sábios orientais dizem que “o espírito, mesmo desprovido da palavra, é um Ser que fala!”.


O Sol é um sublime condensador e reservatório de Prâna e o distribui para os seus “filhos planetários”, na forma de energias e fluidos, que alimentam todos os seres vivos, assegurando a estabilidade no Cosmo.

Entre as inúmeras forças que emanam do Sol, fertilizando e interpenetrando as próprias energias dos orbes físicos que compõem o seu sistema planetário, a tradição espiritual do Oriente destaca três, que são as mais importantes e úteis ao conhecimento da humanidade atual:


FOHAT

Energia conhecida no ocidente como eletricidade, que pode se transformar em calor, magnetismo, luz, força ou movimento.

KUNDALINI

Energia solar muito vigorosa que se concentra no seio da Terra e depois flui violentamente para a periferia, ativando as coisas e os seres num impulso dinâmico de alto poder criativo e transformador.

PRÂNA

Energia ou vitalidade em potencial, responsável por todas as manifestações da Vida no Universo.


Essas três manifestações energéticas emanadas do Sol, que é o principal centro da Vida na Terra, conhecidas no Oriente por “Fohat”, “Kundalini” e “Prâna“, jamais se transformam em outras formas de energia, pois são tipos específicos, à parte, que atendem exclusivamente às funções e necessidades mencionadas.

O Prâna, portanto, está presente em todos os fenômenos do mundo exterior da matéria, assim como nutre a vida no mundo oculto espiritual, mental, astral e etéreo.

Em suma, o Prâna age em equilíbrio com cada plano de Vida e manifesta-se também em perfeita correspondência com a natureza vibratória desse plano. No plano físico ele constrói os minerais, as plantas, os animais, e os homens, mas também está presente como:

· energia vital da sensibilidade nervosa;

· na oxigenação;

· na excitabilidade muscular;

· na vibração sangüínea;

· na pressão do empuxo cardíaco;

· na contração e dilatação dos brônquios;

· na diástole e sístole do coração;

· nos cinco sentidos;

· nas modificações atômicas e fisiológicas;

· nos estímulos endócrinos que fabricam os hormônios

Sem o Prâna, o perispírito não poderia aglutinar os átomos e as moléculas do mundo físico para materializar a sua forma fetal no útero materno, e nem o duplo-etérico conseguiria modelar-se em torno da figura humana em gestação.


O Prâna é a rede energética vital que interpenetra, afiniza e compõe a estrutura das coisas e dos seres em qualquer latitude ou longitude cósmica.


fonte:Estudo das obras de Ramatis-GETER

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